Área: Ciências Humanas
Subárea: Sociologia
Estado: Paraná
Cidade: Paranaguá
Escola: Instituto Federal do Paraná - Campus Paranaguá
Resumo: A obra The Handmaid’s Tale (1985), de Margaret Atwood, traz uma narrativa distópica de uma sociedade teocrática e totalitária que exerce total controle sobre os indivíduos. Em seu enredo a sociedade se consolida de maneira heteronormativa patriarcal, com passagens de opressão contra mulheres e homossexuais que desempenham funções como: serviços domésticos, reprodutoras e companheiras de seus maridos, e, quando desobedecem, recebem pena de morte ou escravidão. Desta forma, o presente trabalho objetiva promover uma discussão acerca deste cenário, indagando se a opressão e a discriminação que ocorre em The Handmaid’s Tale são apresentados como uma distopia utópica, ou se tais elementos possuem relação com a sociedade brasileira. Desta forma, a metodologia se consolidou a partir do recorte político-social de acontecimentos e fatos concretos, embasado em notícias jornalísticas e análises sociológicas de conjuntura, onde pudesse estabelecer um estudo de semelhança entre a realidade da sociedade brasileira e a sociedade da obra. Como resultado, foi possível concluir que há diversas similaridades entre ambos os universos, a opressão que impera na obra literária também impera com as mulheres e a comunidade LGBTQIA+ no Brasil. Como conclusão, Rita Von Hunty, em sua apresentação ao livro “1984”, cita Brian Sableford (1993), em: “obras distópicas retratam uma visão negativa do modo como o mundo supostamente está indo, a fim de fornecer propaganda urgente para uma mudança de direção”. The Handmaid’s Tale não somente traz uma visão de como o mundo supostamente está indo, como instiga uma mudança na sua direção.