Área: Engenharias
Subárea: Engenharia de Materiais e Metalúrgica
Estado: São Paulo
Cidade: São Paulo
Escola: Escola suíço-brasileira de São Paulo
Resumo: O presente artigo tem como objetivo a discussão do efeito da temperatura da borracha em seu coeficiente de restituição, sob a hipótese de que o CR diminui conforme a temperatura aumenta. A investigação consiste em examinar, através da videoanálise, a colisão de uma bolinha a uma temperatura controlada com uma superfície, englobando uma variação total de 130°C entre testes. Banho-maria foi feito em água fervendo e em álcool 90% com gelo seco para variar a temperatura. A variação da velocidade de separação da bolinha e a altura máxima que atingira depois de quicar foram determinantes para chegar à conclusão de que o CR possui um pico a uma determinada temperatura, tendo em qualquer outra temperatura um valor menor. Com isso, concluiu-se que o aumento da temperatura leva à perda de energia por atrito interno dado o fato de que as moléculas estão mais livres e que as propriedades viscoelásticas do elastômero se acentuam. No entanto, temperaturas menores comprometem a habilidade da borracha de se deformar, impedindo-a de conservar energia cinética em energia elástica durante a colisão e fazendo com que ela perca energia através de principalmente ondas sonoras. Ambos fatores levam à diminuição do coeficiente de restituição da bolinha, sendo ele também uma medida de conservação de energia em colisões. Este tema pode ser aplicado em várias situações cotidianas e industriais, salvo que envolvam colisões, assim como para avaliar como a organização molecular de um composto influencia na quantidade de energia conservada em uma colisão.