Área: Ciências Exatas e da Terra
Subárea: Química
Estado: Ceará
Cidade: Crateús
Escola: Instituto Federal do Ceará - Campus Crateús

Resumo: Um dos principais parâmetros físico-químicos avaliados no tratamento e na qualidade das águas é a turbidez. Coagulantes inorgânicos como sulfato de alumínio são largamente empregados em estações de tratamento de água e efluentes com o intuito de promover a agregação das partículas em suspensão e sua posterior remoção; no entanto, limitações operacionais e possíveis riscos da exposição humana ao residual de alumínio presente na água tratada tem levantado questionamentos sobre sua utilização. Como alternativa, os biocoagulantes surgem como tecnologias promissoras, pois são utilizados para o mesmo fim, explorando materiais renováveis e biodegradáveis. O presente trabalho tem como objetivo estudar quantitativamente a ação coagulante da quitosana sobre águas com turbidez muito alta, tanto amostras laboratoriais como amostras reais de águas afetadas por resíduos de mineração, contrastando os resultados físico-químicos com aqueles obtidos para o sulfato de alumínio. Os resultados com as amostras de laboratório mostraram eficiências de remoção de turbidez acima de 99% para a quitosana, aplicando dosagens bem menores do que aquelas utilizadas para o sulfato de alumínio. Nos testes com as amostras reais, a quitosana manteve a sua eficiência como biocoagulante, tendo remoção de cor e turbidez maior que 99%. Numa análise ampla, quitosana foi altamente eficiente como coagulante para águas com turbidez muito alta, mostrando-se promissoras para aplicações in natura por tratar-se de material atóxico, renovável, biodegradável e que seguem os princípios da química verde. Buscando melhorar o acesso ao biocoagulante, foi elaborado um protótipo portátil e fácil de usar, tornando assim a ideia mais acessível a todos.


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