Área: Ciências Agrárias
Subárea: Agronomia
Estado: Rio Grande do Sul
Cidade: Osório
Escola: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - campus Osório
Resumo: A bananicultura é um dos principais agronegócios mundiais, sendo a sigatoka-amarela, agressiva doença foliar causada pelo fungo Mycosphaerella musicola, a principal praga do cultivo no Brasil. Quando não controlada, pode induzir a perdas totais em seu cultivo. Dessa forma, objetivou-se determinar o potencial fungitóxico de extratos aquosos de Allium sativum sobre o desenvolvimento in vitro de M. musicola. Os ensaios experimentais foram conduzidos no Laboratório do IFRS – Campus Osório, em delineamento inteiramente casualizado, com 5 tratamentos em triplicata. O fungo foi coletado a partir de folhas infectadas em bananais gaúchos, isolado e cultivado em meio ágar dextrose batata (BDA). Os ensaios foram realizados com diferentes concentrações do extrato, variando de 0,5% a 10%, em BDA, mais a testemunha. Foi inoculado o micélio (5mm2) do patógeno e o desenvolvimento micelial foi analisado diariamente. Foi possível observar que os meios de cultura contendo 5% e 10% do extrato inibiram inteiramente o crescimento fúngico. Os ensaios contendo 0,5% e 1% do extrato desaceleraram o crescimento fúngico em até 82,9%. Dessa forma, conclui-se que o extrato aquoso do Allium sativum em concentração igual ou superior a 5% é eficaz na inibição in vitro do agente fitopatógeno da sigatoka-amarela, surgindo como uma solução alternativa, inovadora, sustentável e economicamente viável em relação aos meios de controle químico convencionalmente adotados.