Área: Ciências Biológicas
Subárea: Farmacologia
Estado: Santa Catarina
Cidade: Araranguá
Escola: Colégio Murialdo

Resumo: O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é um distúrbio neuropsiquiátrico grave, complexo e multifatorial, que tem como principais características o humor deprimido e invalidez do indivíduo, logo, a depressão é uma das principais causas de deficiência no mundo, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesse contexto, pesquisas realizadas nos últimos anos indicam que a casca da banana (musa paradisiaca) é uma fonte rica em DA e outras substâncias não exploradas, como a WRKY26. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar interações moleculares e os possíveis efeitos antidepressivos e neuroprotetores da casca da Musa paradisiaca no modelo computacional de depressão. Posto isto, foi encontrada na literatura a proteína WRKY26, a qual está presente na casca da Musa paradisiaca. A partir disso, foi realizada uma modelagem e optimização da estrutura pela técnica de homologia utilizando o servidor SWISS-MODEL e depois averiguada pelo servidor SAVES v5.0 para verificar a viabilidade da estrutura da macromolécula. Para testar outras estruturas com efeitos antidepressivos foi utilizado os ligantes milnaciprano, duloxetina e pregabalina disponíveis no banco de estruturas químicas ChemSpider. Em seguida, foram utilizados os alvos biológicos CRF, eNOS, IGF1, D2 e D3 que foram encontrados nas redes de processos biológicos pelo servidor String e confirmados pelo KEGG. Com os resultados, observamos que a WRKY26 apresentou 78,87% de similaridade com outras estruturas modelos. Através da análise de docking molecular foi evidenciado que o ligante WRKY26 apresentou resultados semelhante/superiores a duloxetina (antidepressivo de primeira linha), sendo que o milnaciprano e a pregabalina apresentaram resultado inferiores as demais interações. Na rede de processos biológicos descobriu-se novos alvos relacionados com a depressão, como a AKT2, RPS6KB2, INSR, JAK2, AKT2, GRB10, SRC, PTPN1, EGFR, IGF2 e CRHR2. Em conjunto, os dados desse estudo sugerem que a WRKY26 pode ser um importante aliado no tratamento da depressão, agindo através da via eNOS e do sistema dopaminérgico (D2R e D3R). Em síntese, os resultados exemplificados pela bioinformática foram suficientes para demonstrar o potencial da proteína WRKY26 e de novos alvos descobertos no mecanismo de desenvolvimento da depressão.


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