Área: Ciências Humanas
Subárea: História
Estado: Paraná
Cidade: Campo Largo
Escola: Instituto Federal do Paraná - Campus Campo Largo

Resumo: Durante a baixa Idade Média, a Escola de Medicina de Salerno, localizada no sul da Itália, era uma referência neste campo do saber. Diferente de outras instituições da Europa medievalista, a escola não restringia o acesso das mulheres à ciência. Ao contrário, a escola chegou a abrigar um grupo de estudantes e mestras conhecido como “As Damas de Salerno”. Foi neste contexto que, durante o século XI, Trotula de Ruggiero tornou-se médica e professora na reconhecida escola de medicina e dedicou-se ao conhecimento da saúde feminina, especialmente aos relacionados à ginecologia, à obstetrícia, à sexualidade e à estética. Como parte do ofício, ela escreveu tratados médicos sobre o assunto, os quais tornaram-se referência em seu período. No entanto, por muito tempo, a trajetória de Trotula de Ruggiero permaneceu silenciada pela historiografia. Assim, visando contribuir para os estudos sobre as mulheres na educação e na ciência, esse projeto tem por objetivo mapear a trajetória de Trotula de Ruggiero e analisar seus postulados sobre saúde feminina. Para isso, analisaremos a obra intitulada “Sobre as doenças das mulheres”, traduzida do latim para o português em 2018. Objetivamos analisar o contexto social italiano que possibilitou o acesso das mulheres à ciência na Europa Medieval, bem como a compreensão que Trotula tinha sobre o corpo e a saúde feminina. Isto é, visamos observar como a médica tratou das mudanças hormonais nas mulheres, suas relações com o parto e o puerpério quanto com a sexualidade e a estética.


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