Área: Ciências Humanas
Subárea: História
Estado: Paraná
Cidade: Campo Largo
Escola: Instituto Federal do Paraná - Campus Campo Largo

Resumo: A pesquisa analisa os escritos da viajante inglesa Maria Graham (1785 – 1842), que viveu no Brasil nas primeiras décadas do século XIX. Sua obra mais conhecida e que descreve o cotidiano do Brasil oitocentista é “Diário de uma viagem ao Brasil”. O livro contém anotações referentes ao período entre 1821 e 1823. Depois de viajar para diferentes localidades, com destaque para Índia e Chile, Maria Graham conheceu regiões do nordeste brasileiro e viveu no Rio de Janeiro, onde foi preceptora das princesas filhas da Imperatriz Leopoldina. A viajante inglesa descreveu tanto senhoras da elite do Brasil Imperial, quanto as escravizadas e a violência inerente à escravidão. Manteve contato com Leopoldina por meio de cartas. As cartas trocadas entre as amigas revelam as adversidades enfrentadas pela esposa de Dom Pedro I e as críticas de Graham à corte brasileira. Por meio da análise do diário acerca das experiências no Brasil e das cartas escritas e endereçadas a Maria Graham, este trabalho tem como objetivo identificar características das vidas de mulheres no período, tanto das senhores e moças da corte, como a própria Princesa Leopoldina, quanto das escravizadas e mulheres pobres. Observamos como a cultura inglesa influenciou a avaliação de Maria Graham sobre o comportamento feminino no início do Império. Almejamos também contribuir para a progressiva produção sobre a história da mulher no Brasil e destacar a participação na política e na sociedade de mulheres de diferentes grupos sociais do Brasil independente.


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