Área: Ciências da Saúde
Subárea: Farmácia
Estado: Rio de Janeiro
Cidade: Rio de Janeiro
Escola: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
Resumo: As formas farmacêuticas líquidas orais são as mais adequadas para a administração de medicamentos em pacientes que apresentam dificuldade para deglutir comprimidos, como os pacientes pediátricos, os idosos ou aqueles que necessitam de sonda naso gástrica. Como a grande maioria dos medicamentos comercializados estão na forma sólida, é comum no ambiente hospitalar a adaptação desses medicamentos para forma líquida, solução ou suspensão. Apesar da importância dessa prática, alguns riscos estão envolvidos, podendo comprometer a segurança do tratamento. O objetivo do estudo é recolher informações acerca desta prática em hospitais do Rio de Janeiro, avaliar riscos envolvidos e propor medidas que possam assegurar a eficácia do tratamento. Foi desenvolvido um estudo transversal, baseado em coleta de dados, realizado com profissionais de saúde que atuam na manipulação de medicamentos no ambiente hospitalar. O instrumento de coleta foi um questionário, os participantes foram contactados por e-mail e a pesquisa realizada de forma online empregando o Google Formulários. Foi observada falta de treinamento dos profissionais para a adaptação de medicamentos, além de ausência de um procedimento operacional padrão a ser seguido. Eles demonstraram-se inseguros com a técnica e apontaram como dificuldades a falta de informação, ambiente inadequado para a farmacotécnica e necessidade de pessoal treinado. O grupo de pacientes mais prejudicados apontado pela pesquisa foi o de pacientes com sonda naso gástrica. Os medicamentos antibacterianos foram os mais citados quanto à necessidade de adaptação. Conclui-se a necessidade de melhora no atendimento às demandas de manipulações extemporâneas e estudos de estabilidade das formulações comumente preparadas nos hospitais.