Área: Ciências Humanas
Subárea: História
Estado: Paraná
Cidade: Campo Largo
Escola: Instituto Federal do Paraná - Campus Campo Largo

Resumo: A pesquisa analisa invasões de terras, prisões, censura, tortura e assassinatos nas comunidades Guarani, Xetá e Kaingang localizadas no Paraná durante a Ditadura Civil-Militar (1964 - 1985). O projeto visa identificar a responsabilidade de agentes públicos na violação dos direitos indígenas e analisar a resistência dos povos originários manifesta em protestos, depoimentos para veículos de comunicação e organização de movimentos armados para expulsar invasores de suas terras. A metodologia de pesquisa consiste na análise de exemplares dos jornais “Diário do Paraná” e “Correio de Notícias” e de documentos produzidos pela polícia política disponíveis no Arquivo Estadual do Paraná. Inicialmente, analisamos as denúncias de abuso de poder nos postos indígenas por representantes do Sistema de Proteção ao Índio (SPI). O órgão foi desfeito após sérias acusações de torturas e assassinatos de indígenas. Numa segunda etapa, observamos as ações da FUNAI, destacamos a expulsão dos Guarani de suas Terras para a construção da usina hidrelétrica de Itaipu e analisamos os conflitos armados na Terra Indígena de Mangueirinha, onde vivia o cacique Ângelo Kretã, morto em um acidente de carro ainda hoje sob suspeição de ser atentado. Os estudos evidenciam conivência da imprensa paranaense com os acordos entre o governo estadual e empresários que desencadeavam violentas investidas contra as áreas indígenas.


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