Área: Ciências Humanas
Subárea: História
Estado: São Paulo
Cidade: Valinhos
Escola: EE Flávio de Carvalho

Resumo: A masculinidade hegemônica, impulsionada por uma sociedade do capital, tem se mostrado como aliada na invisibilidade de mulheres no campo científico. Nesse sentido, esta pesquisa objetiva analisar o legado científico de Zilda Arns diante da masculinidade hegemônica, destacando a sua memória e resistência feminina em tempos neoliberais. Faz-se importante essa pesquisa já que Zilda foi a propulsora da Pastoral da Criança e possui um amplo legado na ciência, sendo inclusive indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 2006 devido ao seu soro caseiro de baixo custo e da multimistura no combate à desnutrição infantil. À vista disso, para sua realização, a pesquisa configura-se como qualitativa, exploratória, documental e bibliográfica, com método histórico-crítico (SAVIANI, 2012) e com análise de conteúdo (BARDIN, 2010). A fim de analisar o desenvolvimento de uma invisibilidade feminina, fruto de uma sociedade neoliberal, definiu-se como categorias analíticas a trajetória de vida, a produção de conhecimento e a masculinidade hegemônica externa. Toma-se como referencial teórico Dardot e Laval (2016), Connell e Messerschmidt (2013), Saviani (2012) e Demetriou (2001). Os resultados apontam que Zilda Arns, figura importante para a ciência médica, é de grande relevância no entendimento de uma luta constante diante da invisibilidade feminina na área acadêmica. Ademais, compreende-se que a dominação masculina que impera sobre um regime neoliberal de sociedade, torna lento e excludente o processo de socialização de mulheres cientistas no meio educacional. Dessa forma, espera-se que a memória e resistência feminina em Zilda Arns abra caminho para novas investigações acerca do papel da mulher na construção do conhecimento.


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