Área: Ciências Humanas
Subárea: Sociologia
Estado: Minas Gerais
Cidade: Patos de Minas
Escola: Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM)
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar como o conceito de Banalidade do Mal, da filósofa alemã Hannah Arendt, está presente no filme polonês Rede de Ódio, servindo como ponto de partida para entendermos como esse conceito pode ser operacionalizado atualmente através das redes sociais, que ditam novas formas de se fazer política. No filme, o protagonista é um funcionário de uma empresa de marketing político, na qual recebe a tarefa de prejudicar a imagem de um candidato ao governo local, através do lançamento de fake news,e insuflando haters e trolls no ambiente virtual, a fim de promover uma verdadeira destruição de sua reputação, auxiliando assim o outro candidato (que contratou os serviços da empresa) na corrida eleitoral. O filme abre a oportunidade de entendermos como as redes sociais mudaram a forma de se fazer política e como o conceito de banalidade do mal se encaixa nessa sociedade de ódio criada pelas redes sociais, nas quais o mal é feito de maneira burocrática, inserido em um sistema pré-determinado, e no qual seu operador parece se distanciar das consequências de seus atos. Essa pesquisa nos revelou que internet alterou as formas de se fazer política, uma vez que abriu novos espaço para a atuação de figuras engajadas, de maneira profissional, em difundir fake news e destruir reputações, no mais, nos mostrou também que formas de se provocar o mal ganharam espaço nesse sistema criado pela internet, que, guardadas as devidas proporções, se assemelha muito ao instrumento burocrático que Arendt nos apresentou.