Área: Ciências Exatas e da Terra
Subárea: Química
Estado: Rio Grande do Sul
Cidade: Osório
Escola: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - campus Osório

Resumo: Apesar da menstruação ser um processo fisiológico do corpo feminino, 500 milhões de mulheres ao redor do mundo não possuem acesso a materiais de higiene durante esse período, prejudicando seu acesso à educação e saúde. Isso é a Pobreza Menstrual. Ademais, absorventes descartáveis causam impacto ambiental, visto que cada mulher descarta cerca de 10.000 durante sua vida, que demoram até 500 anos para se decompor. Desse modo, o objetivo desse trabalho foi desenvolver absorventes acessíveis e ecológicos como alternativa aos já existentes. Na primeira etapa, foram desenvolvidos os materiais absorventes. O planejamento fatorial completo 2^2 com metodologia de superfície de resposta avaliou as variáveis concentração de álcali e tempo na otimização do tratamento das fibras do pseudocaule da bananeira e do açaí de juçara para substituir o algodão. Após, biofilmes foram desenvolvidos para substituir o plástico, utilizando os resíduos da indústria nutracêutica (RIN) e do cacau. Finalmente, o protótipo foi criado utilizando o conceito de Upcycling. O melhor resultado de capacidade absortiva do pseudocaule foi de 1274%, enquanto o do açaí de juçara, 1304%. Os melhores biofilmes foram obtidos com RIN, sendo a maior capacidade absortiva de 87,3%. A partir de sobras de tecido, o invólucro foi desenvolvido para envolver o refil criado. O protótipo final custa R$0,02 e foi capaz de absorver 645%, enquanto que os absorventes convencionais 532%. O projeto mostra-se promissor para atender uma demanda urgente, evidenciando relevância social, ambiental, econômica e científica, contribuindo com 5 dos 17 ODS da ONU.


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