Área: Ciências Humanas
Subárea: Psicologia
Estado: Rio Grande do Sul
Cidade: Caxias do Sul
Escola: E.E.E.M. Irmão Guerini
Resumo: Com o tempo, a sociedade passou a tratar o ciúme em um relacionamento como bom e aceitável, e frequentemente incentivado pela mídia. O sentimento começa na primeira infância e muitas vezes se torna patológico, levando a relacionamentos abusivos. O objetivo deste trabalho é relacionar as fases do ciúme, desenvolvendo formas de combate quando este ainda está em sua fase inicial. Para alcançar as crianças, foi desenvolvido um jogo de tabuleiro voltado para os seis anos de idade, com o objetivo de cultivar o sentimento de não propriedade, evitando a percepção de ciúme das crianças como algo benéfico ou valorizado. Para atingir o público jovem, uma campanha visual foi desenvolvida, levando-os a refletir sobre a correlação entre ciúme e relacionamentos abusivos. A metodologia consistiu em uma pesquisa de campo, que mostrou que as mulheres geralmente percebem o ciúme como um sentimento positivo, mas que as pessoas que admitiram sentir ciúmes de seus parceiros não gostaram quando seus parceiros sentiram o mesmo. Além disso, a pesquisa constatou que as mulheres majoritárias passaram por relacionamentos abusivos. Dessa forma, concluiu-se que a romantização do ciúme é algo que a sociedade muitas vezes considera inofensivo, apenas percebendo seu dano quando acaba em crime passional. Pensar em estratégias para combater a violência e desencorajar situações potencialmente geradoras de violência deve ser uma iniciativa de toda a sociedade, não apenas de órgãos públicos. Esse novo olhar sobre os sentimentos forma uma sociedade mais preparada e segura, evitando a violência e os abusos nos relacionamentos.