Área: Ciências Biológicas
Subárea: Botânica
Estado: Mato Grosso do Sul
Cidade: Campo Grande
Escola: Colégio Novaescola
Resumo: Apesar da constante evolução dos sistemas para tratamento de água em rede nacional, tais tecnologias encontram-se ainda inacessíveis por parte significativa da população. Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS; 2018), somente o Brasil possui ao menos 35 milhões de pessoas sem acesso ao serviço básico de saúde em questão, dentre elas, cabe citar a comunidade Parque do Sol, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Com poros de até 500 nm, o xilema é uma estrutura presente em ramos de árvores para conduzir água, e dessa maneira evidencia-se o seu potencial uso para a filtragem de partículas e patógenos visto tal porosidade, assim fornecendo vias para amenizar a problemática vivenciada pelas populações sem acesso à água tratada. Nesse sentido, o presente trabalho busca analisar a capacidade de filtragem do xilema de árvores presentes no cerrado brasileiro, tais como o ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha), laranjeira (Citrus sinensis) ou a pitangueira (Eugenia uniflora), verificando seu potencial de retenção de partículas e bactérias com tamanhos variados, a fim de apontar sua viabilidade de uso como filtro sustentável. A porosidade do xilema de coníferas (Pinus strobus), por exemplo, é suficientemente adequada para a barragem de parte significativa dos agentes nocivos e aponta para a filtragem de bactérias como Escherichia coli; assim, os resultados esperados mostram-se altamente favoráveis, podendo servir de relevante auxílio às comunidades em necessidade.