Área: Ciências Biológicas
Subárea: Farmacologia
Estado: Rio Grande do Sul
Cidade: Caxias do Sul
Escola: Centro Tecnológico Universidade de Caxias do Sul - CETEC/UCS
Resumo: A radiação ultravioleta (UV) emitida pelo sol é responsável pela ocorrência de mudanças cutâneas, como fotoenvelhecimento, queimaduras solares e câncer, que podem ser prevenidos com a aplicação de filtros solares. A associação de matérias-primas vegetais com filtros sintéticos torna-se uma tendência no mercado de cosméticos, visto seu potencial para intensificar a proteção solar de produtos e efeitos dermatológicos benéficos. O chimarrão é uma bebida típica do sul da América do Sul. Seu consumo gera resíduos – a erva-mate, material insolúvel - comumente descartados, por não possuírem valor comercial ou uso pós-chimarrão. A erva-mate (Ilex paraguariensis) é rica em compostos fenólicos, substâncias que absorvem radiação UV. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade fotoprotetora do extrato dos rejeitos do chimarrão. Para tanto, fez-se um extrato dos rejeitos do chimarrão utilizando etanol como solvente. Extratos secos foram obtidos e ressolubilizados em etanol. Realizou-se análise espectrofotométrica das absorbâncias destes nos comprimentos de onda dos espectros UVA e UVB. O Fator de Proteção Solar (FPS) foi determinado por método in vitro. Evidencia-se que os extratos analisados apresentam absorbância na região UVB e na parte inicial do espectro UVA. Os extratos puros apresentam valores baixos de FPS, não se justificando seu uso isolado como produto antissolar. Todavia, podem ser combinados a filtros solares sintéticos, atuando como potencializadores em formulações fotoprotetoras. Os extratos dos resíduos do chimarrão apresentam-se, portanto, como uma alternativa para o aumento do FPS final de produtos, sem maior adição de sintéticos.