Área: Ciências Agrárias
Subárea: Ciência e Tecnologia de Alimentos
Estado: Paraná
Cidade: São José dos Pinhais
Escola: Bom Jesus São José Dos Pinhais

Resumo: A indústria têxtil representa um dos setores em que o uso de combustíveis fósseis ainda se faz presente, tendo como principal matéria-prima o poliéster, derivado do petróleo. Mesmo que existam outras opções, como a fibra do algodão, essa também é nociva ao meio ambiente. O objetivo desta pesquisa é propor uma nova matéria-prima para as indústrias têxteis de forma que não derive de fontes fósseis, nem desgaste o solo: a casca da mexerica, um resíduo orgânico das indústrias de sucos cítricos. Para extração da fibra, picou-se, com uma tesoura, 177,38 gramas de mexerica, conduzindo metade do grupo à estufa. Após isso, misturaram-se as cascas picadas em 4% hidróxido de sódio e 96% água deionizada com um agitador magnético. Filtrou-se a solução e a porção resultante foi amassada até formar uma pasta; então, as fibras começaram a emergir. A produção apresenta um custo superior se comparado ao poliéster, inviabilizando, assim, a substituição desse modelo. Como as cascas foram picadas, obtiveram-se fibras de pequeno porte, impossibilitando os processos de fiação e tecelagem. Portanto, esse procedimento seria realizado de forma mais eficiente em equipamentos que suportam cargas maiores, como um agitador magnético industrial, dessa forma obteriam-se fibras maiores e, consequentemente, possibilitaria a realização das próximas etapas. Constatou-se que a casca da mexerica tem potencial para formar um tecido, porém mais testes precisam ser feitos com equipamentos industriais a fim de possibilitar o processo de fiação e tecelagem e, assim, viabilizar a produção.


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